“Existe uma discussão, que é absolutamente necessária, sobre a possibilidade de um cidadão que atentou contra todas as prerrogativas do advogado sair agora, depois de instrumentalizar o Poder Judiciário e tentar instrumentalizar a Polícia Federal enquanto ministro da Justiça, e, agora, ter a insensatez de vir para a advocacia, a advocacia que ele desprezou solenemente todas as prerrogativas dos advogados enquanto foi juiz”, disse Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, integrante do grupo.
Para o advogado, a discussão não é sobre a posse da carteira da Ordem, somente, mas sim a permissão da carteira a Moro, devido a “ataques” contra a classe enquanto operador da Lava Jato, entre outros casos na magistratura.
“Eu mesmo acho que deveria dar a ele a carteira. Sou, em princípio, contrário a esse tipo de posicionamento. Acho que ele foi um juiz medíocre, é um homem completamente despreparado intelectualmente e penso que, talvez, seja necessário dar a ele a chance de ter a dignidade de ver como é a carreira do advogado. Porque ele – e eu entendo as pessoas que criticam – ele era uma pessoa mutuamente ditadora das relações dos advogados. Um homem desrespeitoso, um juiz completamente autoritário”, argumentou.