O Ministério Público Federal (MPF) denunciou onze pessoas, entre executivos e agentes ligados ao Grupo Tenaris/Techint, em uma ação da operação Lava Jato que investiga pagamentos ilegais envolvendo contratos da multinacional com a Petrobras.
A denúncia foi assinada pelos procuradores no domingo (31) e oferecida nesta quarta-feira (3).
Segundo o MPF, o grupo denunciado realizou pagamentos ilegais ao então diretor do setor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, em mais de US$ 10 milhões.
Denúncia
Em troca dos pagamentos, conforme a denúncia, os denunciados negociaram o fechamento de contratos para prestação de serviços e fornecimento de produtos, firmados entre uma das empresas do grupo, a Confab Industrial (Confab), e a Petrobras.
As irregularidades investigadas foram entre os anos de 2007 e 2010, conforme a denúncia. Os procuradores afirmam que o esquema influenciou a política de negócios internacionais da estatal.
Conforme informado pelo MPF, foram denunciados por corrupção executivos da Confab que estavam diretamente envolvidos nos pagamentos, além de intermediários investigados por desviar dinheiro dentro do Grupo Tenaris/Techint e pessoas apontadas como responsáveis por fazer os pagamentos chegarem a Duque.
A força-tarefa da Operação Lava Jato afirma que, com o esquema criminoso, negociações da Petrobras para compra de tubos, que poderiam ser feitas por meio de licitações internacionais, foram mantidas com negociação direta com a empresa.
Duque, conforme a denúncia, recebia dinheiro ilegalmente para influenciar essas negociações.